"" Casamentos: O casamento pode salvar o cônjuge do sentimento de solidão?

terça-feira, 30 de janeiro de 2018

O casamento pode salvar o cônjuge do sentimento de solidão?

Hoje em dia, somos incentivados pela cultura e também pelos meios de comunicação que, para estarmos bem, precisamos fazer parte de alguma coisa ou de um grupo. Como se fosse um “sentimento de pertença” mas, por vezes, estamos com um grande sentimento de solidão.
As pessoas procuram aquelas que pensam mais ou menos igual, que tenham gostos e ideias semelhantes. Isso vai se tornando tão latente que, chegamos ao extremo de: se não fizer parte de algo corre-se o risco de se sentir estranho, errado.
Foto ilustrativa: nepstock by Getty Images

Senso comum

Algo semelhante se passa com o senso comum: já que tem um monte de gente que pensa igual, talvez seja porque aquilo é daquele jeito mesmo. Desse modo, por conta da quantidade de pessoas que aderiram a uma determinada ideia, nossa crítica começa a correr riscos de passividade, aceitando qualquer bobagem que é apresentada a nós. Essas coisas se irradiam de tal forma e nos levam a achar que, realmente, há algo de errado conosco. E se não nos adequamos, nos sentimos só. Tendemos a fugir desse tipo de solidão desesperadamente. Será que isso tem de ser assim mesmo?
Pertencendo a um grupo ou escolhendo muito bem as amizades, quem aqui nunca passou pela experiência de não ter sido compreendido? Preciso te dizer que não tem jeito, se você não passou por isso ainda (o que acho meio difícil) você vai passar e, não serão poucas vezes na vida.
Cada um de nós é irrepetível! E nem mesmo entre gêmeos pode-se dizer que são iguais. Como seria possível não se sentir só? Uma vez que, você é único!
Mesmo que alguém passe pelos mesmos problemas que você, tenha tido uma criação semelhante ou até tenha os pensamentos muito iguais; de qualquer jeito vivemos mil e uma situações diferentes, que nos ensinaram determinadas coisas e, cada um de nós, as absorveram e as compreenderam de uma determinada maneira.
Não tem jeito de se sentir igual ou compreendido. Ninguém viveu ou vive em você e como você. Uma hora ou outra isso vai ser latente!
A solidão faz parte da nossa existência

Fugir da solidão seria igual a tentar fazer um buraco n’água e, como não tem jeito de conseguir isso, surgem os sentimentos de frustração consigo mesmo e com a vida.
Será que não tem gente depressiva por conta disso?
Chegamos então, ao casamento. Imagino que depois das explicações dadas, fica claro que: o casamento não preenche esse vazio, não tampa esse buraco.
Apesar de haver uma complementaridade muito profunda entre um homem e uma mulher, algo feito por Deus, nós temos muito mais diferenças do que semelhanças. Aliás, é por isso que nos completamos uns aos outros, por sermos de sexo opostos.
Mesmo com a presença do amor dentro do casamento, essa ”experiência de amor” é muito diferente do que em outro estado civil. É um ensaio, uma pequena amostra do que deve ser o amor de Deus por nós. Bem, na verdade, o casamento serve para isso mesmo: nele precisamos aprender a amar assim como Jesus nos ama.
É o famoso “dar a vida”. Ali devemos aprender a amarmos e sermos amados. Entretanto, ainda que isso esteja fluindo as mil maravilhas, não deixa de ser somente um ensaio pra algo maior.

Aspirações mais profundas do coração

Pense um pouco mais: quem foi o único que lhe acompanhou durante cada instante da sua vida, observou seus passos, as coisas que você sentiu, as decisões que você tomou, das coisas que você fugiu e daquelas que se interessou?
Esse Alguém é o único que sabe de tudo e é capaz de lhe ajudar. Esse será o Único que pode resolver esse “problema” da solidão. No entanto, estar a sós com Ele, é a coisa mais rica e preenchedora das aspirações mais profundas do nosso coração. A solidão passa a ser uma riqueza, ela vem nos ensinar a ir ao encontro com a pessoa certa.
Mas, como fazer para sentir-se acompanhado e preenchido por Deus?
Nosso Senhor nunca esteve longe de ninguém. Nunca! Somos nós que nos tornamos surdos e insensíveis à Sua Presença, à Sua Voz. Nossa primeira atitude deve ser a de viver sempre na graça de Deus, ou seja, após se confessar com um padre, buscar não cometer mais nenhum pecado grave. Isso é inteiramente possível a qualquer pessoa.
Procure conhecer mais sobre o pecado e suas consequências. A Igreja Católica, nossa Mãe e Mestra, tem muito a nos ensinar sobre isso.

Estado de graça

Com o tempo, nessas condições de estado de graça, você começa a perceber essa presença constante na sua própria vida, principalmente, a partir do momento em que, se contempla e comunga a Sagrada Eucaristia, então, essa sensação de solidão vai desaparecer. Na verdade, ela terá sido bendita, pois foi o provocador da busca de Deus.
Ainda que você se torne diferente dos demais, que pareça que ninguém lhe entende e que ninguém busca o mesmo que você; mesmo que não veja ninguém concordando com o caminho que você está trilhando, essa “solidão” se tornará querida, canal do amor daqu’Ele, o Único capaz de lhe preencher.
Se você quiser, Nosso Deus pode lhe dar os amigos de que você precisa, o casamento perfeitamente harmonioso. Contudo, eles não serão mais a fonte da sua procura por plenitude.

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